Fechando o ciclo de publicações dos ensaios biográficos da disciplina "Narrativas biográficas e autobiográficas", Literistórias publica HOJE o texto de uma visitante ilustre, a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e contista Denise Miotto Mazocco. AMANHÃ, também tem ensaio de aluno da turma, mas não é propriamente um ensaio biográfico... É aguardar!
De modo contrário às biografias cujos autores são
fãs e/ou já têm um longo interesse acadêmico ou pessoal pelo biografado e seu
trabalho, nesta – que agora escrevo – posso dizer que eu, a autora, conheci
antes a biografada do que sua obra, à qual recorri durante o processo de
escrita. Isso de forma nenhuma, penso eu, prejudica a escrita deste ensaio
biográfico, dado que, em se tratando de uma escritora, o contato imediato com
seus personagens pode nos revelar trevos de sua trajetória. Tampouco, o
reduzido conhecimento prévio do trabalho da biografada invalida meu curioso
olhar sobre ela e minha disposição para a escrita (Permito ao leitor, neste
momento, interpretar nas entrelinhas e nos entre parêntesis um traço de mea
culpa e de inconformidade – dado o tempo perdido –, por ter lido apenas um
livro – logo direi qual – até a data em que a conheci).
Pois bem,
conheci pessoalmente Glória Kirinus em uma aula (no dia 31/05/2017), justamente
sobre biografias, em que ela, a convite da Profª Marcella Lopes Guimarães,
apresentou aos alunos sua trajetória. Antes, porém, a sabia por referência – Professora de Letras da PUC-PR, lançamento do novo livro de Glória Kirinus,
oficina de criação literária com Glória
Kirinus –, mas, curiosamente já que desta característica me cabe o extremo
oposto, parecia que eu chegava sempre atrasada – aluna depois que ela havia saído da instituição, compromisso no dia do lançamento, perda de prazo de inscrição. Na aula em
questão, dessa vez, eu estava lá com meia hora de crédito.
Glória (Prefiro
me referir a ela dessa forma, pois, uma vez linguista, gosto mais da ambiguidade
que sustenta o nome, do que da especulação de uma etimologia genealógica para
chegar ao sobrenome!) sentou-se e começou a preparar seu power point, como
chamou. Sua fisionomia me lembrou um pouco Joan Baez – talvez pelo corte de
cabelo quase grisalho, pela estatura, pelo blazer –, com a diferença, é claro,
entre a voz doce e suave da escritora e a voz afinadamente impositiva de uma de
minhas cantoras favoritas. Desconheço se Glória Kirinus ouve Joan Baez e/ou se
Joan Baez lê Glória Kirinus. Optei por não me aprofundar na questão, já que
pode se tratar mais de uma saída descritiva minha para a fisionomia da
biografada (passível de discordância) do que de uma questão de gosto. Enfim,
para apresentar-se, Glória tirou da bolsa uma llama, um caleidoscópio, um galo
e uma porção de mar acolhido em uma concha.
Os objetos
dispostos sobre a mesa logo flutuaram minha memória por uma infância expectadora
de histórias cujos personagens eram instrumentos, objetos, manipulados pelos
contadores. Daí minha primeira impressão: é contadora de histórias! Ela, porém,
não personificou aqueles objetos, os tornou, pois, símbolos de partes de sua
trajetória – palavra que, segundo Glória, a está perseguindo há tempo. A
infância no Peru, a curiosidade pelas fronteiras, a possibilidade do erro, o
olhar para o infinito, repectivamente, a simbologia de Glória.
Mas para
além disso a escritora nos deixa também seus mapas em pequenas autobiografias
nas orelhas, nos finais e nas contracapas de seus livros. Foi assim que, juntando as pistas, calcei a
llama de Glória. Em seu primeiro livro, O
sapato falador, ela conta que, em Huancayo, Peru, onde nasceu, seu primeiro
sapato de lã "abrigou cantigas de ninar". Outros sapatos também
marcaram sua vida: com sapatos equilibristas e cirandeiras, ela desaprendeu
lições de mundo, e com sapatos ciganos passou pelo Canadá, quando aprimorou o
"franglês", e chegou ao Brasil, onde, além de pisar, caminhou, e
ganhou novos sapatos de lã – três filhos.[1]
Em Lima, fez Turismo, talvez para aprender o próprio país, aqui fez Letras (na
UFPR), para descobrir a língua portuguesa. Foi neste momento, década de 80, que
escreveu O sapato falador, provocado
por uma grande enchente que deixou várias pessoas desabrigadas, o que motivou
um grande movimento para arrecadar doações. Os sapatos, protagonistas da
história, foram doados para um menino que estava em um abrigo. Aproveitando a
oportunidade única de falar com sapatos – até então só sabia das botas
falantes, do Machado de Assis –, conversei com eles. Tanto o Esquerdo, quanto o
Direito, que, embora diferentes, às vezes concordam em determinados pontos,
destacaram a importância da Glória, bem como relembraram como foi participar da
ocasião da enchente. "Foi por causa da Glória que nós viajamos de
helicóptero pela primeira vez. Eu tava achando tudo muito legal. O Direito, pra
variar, tava sério.", começou o Esquerdo, o mais falador. O Direito logo
se defendeu da provocação do amigo: "Estava apreensivo, na verdade. Nós
tínhamos que entregar o bilhete ao menino e calçá-lo. Era uma grande
responsabilidade. O Esquerdo achava que também poderia fazer bagunça." "Ah,
mas confesse, conseguimos nos divertir com o menino. Com contos, charadas,
histórias... Quando ele vinha com aquelas questões, você emendava uma
história", disse o Esquerdo dirigindo-se ao Direito. Este logo completou: "Sim,
sim... No fim deu tudo certo. Mais do que esperávamos. Calçamos até outras
crianças." "Tudo graças à Glória", os dois falaram juntos. Ambos
sempre retomam o falatório, quando o livro ganha novas edições.
Glória
sustenta um olhar curioso sobre as línguas e sobre as fronteiras. Quando
menina, no Peru, ouvia a narração de futebol no rádio, atrás de novas
experiências linguísticas. Já no Brasil, encantou-se com as expressões
"fazer arte", "cor de burro quando foge", "dor de
cotovelo", embora quando aqui pisou pela primeira vez tenha sido recebida
com o desagradável "Ame-o ou deixe-o". Nos seus textos, porém, não se
serviu de formas prontas, como poeta reinventou combinações de palavras, de
sons e de sentidos – tudo que a língua permite. E nas combinações linguísticas
e geográficas, ela se caracteriza "palavreira de nascimento", peruana
do Brasil e brasileira do Peru.[2]
Para as
fronteiras, ela tem um caleidoscópio para espiar o outro lado. Basta um
movimento que o outro ganha novas cores e novas geometrias. Em Te conto o que
me contaram– livro que ela elencou como um dos preferidos, dada a homenagem que
faz aos contadores de história –, Glória conta que, em Lima, na ponta dos pés
tentava espiar o outro para além das montanhas. Nesse desejo permanente de se
sobrepor à geografia, ela constrói histórias, as quais, segundo a escritora,
"ignoram montanhas e conversam livres entre si, nutrindo fantasias."[3]
As
histórias de Glória acordam bilíngues. Assim ela ressignifica a expressão fazer
arte, no Brasil. Após assistir a um seminário do Ferreira Gullar, contou-lhe
sua aflição por sentir-se sem identidade linguística, já que sua língua materna
era o espanhol; ao que o poeta sugeriu o aproveitamento da força do espanhol em
favor da escrita em português. A escritora seguiu a deixa do hibridismo e
avistou a necessidade de traduzir, traduzindo a si mesma, fazendo, assim, arte,
ou seja "traduzir uma parte na outra parte". Ao escrever também em
espanhol, ela manifesta a harmonia da América bilíngue, dinâmica. O que a
poesia de todos os povos faz há muito tempo é a possibilidade "do encontro
das mares, da conversa entre as montanhas e de colóquio de nuvens", é,
pois, "a criança de todas as idades querendo saber como é seu nome em
outra língua."[4] Desenvolveu, então, seu
estilo dobrado: "de dia e de noite; em verso e em prosa; para adultos e
para crianças; no quente e no frio... E claro, em português e também em
espanhol."[5] A escritora manifesta seu
amor pelas duas línguas, ao, em sua literatura, deixar espaço para as duas:
"Assim, o cravo não sai ferido e nem rosa despedaçada."[6]
Dessa forma, Glória afirma sua escrita caleidoscópica pontuando: "Nascemos
traduzíveis e prontos para fazer (p)arte do mundo inteiro."
Glória,
contudo, além de gostar de espiar os outros lados das fronteiras, também trafega
por uma trajetória acadêmica, o seu outro lado. Em seu Currículo Lattes, que
inclui os registros de graduação em Letras (UFPR), mestrado (PUC/RJ), doutorado
(USP) e pós-doutorado (Paris V), há os títulos e artigos sobre teoria
literária. Não vejo, porém, sua produção acadêmica e literária de modo
separado. Os dois lados conversam. Quando, por exemplo, desenvolvia a
dissertação de mestrado ("A formiga e a cigarra" e "Isto e
Aquilo"), teve como provocação questões referentes à fábula A cigarra e a formiga, que era
apresentada nos livros didáticos, elevando a formiga como um modelo a ser
seguido. Além de constatar que poemas sobre as cigarras não existem nos livros
escolares, indagou-se: "Ao final, para que servem uma cigarra, uma
menininha ou um artista? O belo pode ser sério? O saber pode ter sabor? O
prazer pode permitir-se apenas ser?"[7]
Em paralelo e provocado pelas mesmas questões, nasce o livro Formigarra Cigamiga, em que formiga e
cigarra passam por uma transformação e misturam características. Uma das capas
nos leva até o centro do livro com a história da primeira, e a outra capa nos
leva com a história da segunda. Ambas as personagens conversam no centro.
Assim, só sabemos qual é a frente do livro por um capricho editorial da folha
de rosto e do código de barras.
Encontrei
com as protagonistas, em uma tarde, e elas falaram de Glória e da amizade. A
Formigarra, quem tem forma de formiga e a garra de cigarra cigana, fala sobre a
transformação por que passou no livro: "Era como se eu estivesse presa naquele
mundo de formiga, entende? Trabalho, casa, juntar comida... Como se eu não
soubesse fazer outra coisa. Mas daí a Glória apareceu e foi como se... como seu
eu tivesse nascido de novo. Ressuscitado mesmo. Morri de enfarte formigante e
ressuscitei Formigarra [risos]. Devo muito à Glória, quem me apresentou de fato
a Cigarra, minha amiga." A Cigamiga, que tem cara de cigarra e miga da
formiga, por sua vez, conta como venceu a solidão e a pressão social:
"Antes de conhecer a Glória, eu era..., assim, muito sozinha, entende?
Tipo, me divertia cantando, dançando e tal. Mas, tipo, sentia falta de uma miga
mesmo. E, assim, era aquela pressão total, né? Pô, não vai trabalhar? Quando que vai tomar um rumo na vida? Ninguém
sobrevive só de música. Daí surgiu a Glória e tal, me apresentou um outro
lado da Formiga, curti pra caramba... E agora, tipo, tô dando um gás aí...
pipoqueira, engenheira... [risos]". Ambas, agora, são amigas e vivem
conversando. "A Formigarra? Workaholic total! A Glória fez benzaço pra
ela, sabe. Virou até fogueteira! A gente conversa pra caramba!", contou a
Cigamiga quando perguntei o que uma achava da outra. E a Formigarra acrescentou: "É muito bom
conversar com ela, a Cigamiga. A gente se diverte um monte lembrando de quando
eu era uma mera formiga e ela uma simples cigarra. A gente agradece que esse
tempo passou", brinca. Glória dedica o livro ao seu filho do meio, por
espelhar ambas as personagens em diferentes momentos.
Além das
reflexões responsáveis por cruzar os caminhos de sua escrita acadêmica e
literária, o modo como classifica sua literatura também tem cheiro de um grande
debate da teoria literária. É literatura infantil? Baseada em Bartolomeu Campos
de Queirós, Glória chama de adulto-infanto-juvenil, para o desespero de
qualquer editor e de funcionário de livraria que tem que organizar as
prateleiras.
E é também
da sua ponte acadêmica que Glória traz o neologismo maradigma. Termo cunhado em
seu pós-doutorado, é a licença para se olhar o infinito e se questionar os
paradigmas. A escritora, desse modo, propõe uma percepção ecopoética do mundo e
a transporta naquele pedaço de mar que tirou da própria bolsa.
A Glória,
que escreve, leciona, ministra a oficina Lavra-Palavra e conta histórias,
também conversa com a lua. Curiosa sobre essa prosa além-Terra, entrevistei a
lua (porém, tive que esperar ela ficar cheia, fato que atrasou um pouco
produção desta biografia). Perguntei-lhe sobre a Glória e sobre os principais
assuntos de suas prosas. Após um longo tempo de luz pensante, ela disse que
Glória lhe conta segredos de amor, elas trocam simpatias para curar dores,
jogam xadrez, falam sobre grilos, vagalumes, silêncios e tantos outros
encantamentos... Fiquei, entretanto, com uma questão atrás da orelha que me
pulou, como uma pulga, da ponta da língua: se Glória, como ela disse na aula a
que assisti, escreve literatura das 5h às 7h da manhã – fuso horário do Peru,
como brincou –, e para tanto deve dormir cedo, que horas ela fala com a lua?
Não obtive resposta. A lua apenas me olhou com um brilho que sinalizava uma
cumplicidade a qual eu não poderia ter acesso.
Bem, mas
claro que a escritora não fica o tempo todo em prosa com a lua. "Em
Curitiba, onde moro, cuido do jardim, invento moda, faço sopa de letrinhas e
lavro a palavra em diferentes espaços: escolas, universidades, eventos
literários."[8] Além disso, brinca com as
palavras junto com o neto. "Você gosta de amora? Vou contar pra seu pai
que você namora.", ele joga.
No seu
processo de escrita, cujo início é madrugueiro, Glória destaca o prazeroso
desafio da reescrita, da reedição, a maturidade para se receber nãos e a
conformidade com a possibilidade do erro. Esta última está materializada na
miniatura do galo que ela nos apresentou. Memorizado neste objeto, está o livro
O galo que cantou por engano (Esse
mesmo: o único que eu havia lido.) e o episódio que o motivou. Glória foi
convidada para dar uma oficina em uma cidade do Rio Grande do Sul. Na ocasião,
teve um eclipse do sol. Passado o eclipse, um galo confuso, que já havia
cantado pela manhã, despertou a cidade novamente. Entrei em contato com ele,
mas não quis me receber. Apenas respondeu dizendo que o equívoco ainda está em
sua memória, porém a narrativa do episódio pelas mãos de Glória lhe está
ajudando a lidar com isso, de modo que agora não sente mais vergonha, somente
um leve constrangimento. A partir desse acontecimento, a escritora repensou a
ideia do erro, tanto que, ela explica, permitir-se errar foi o que a encorajou
a escrever em português.
Glória
também gosta de reeditar seus livros. Para ela, dessa forma, os livros
renascem. O contrário, o livro parado é morte súbita. Contudo, além do seu
próprio olhar para o mundo, para as fronteiras e para as línguas, que ela
transforma em texto literário, há o olhar do outro para a sua própria obra que
a transforma em escritora e que lhe revela sua trajetória. Glória, nesse sentido,
tem leitores, alunos, filhos e reticências.
E tempo?
Sem o qual não haveria trajetória, muito menos biografia. A resposta está em
poesia, bilíngue. "Se tivesse tempo/escreveria num
verso/só/somente/soletrando/ o tempo." Faria um desfile de formigas em uma
folha em branco. Voltaria à esquina, no cruzamento dos pardais, procurando a
palavra perdida que deixou voar. Acompanharia a sombra passo a passo.
"Inventaria a arte de desinventar." Sairia pelo mundo a cirandar, com
vestido de cigana retirado do velho baú, e viveria mil vidas na palma de cada
mão. Aprenderia a tecer com as tecedeiras e a fazer tortas com as doceiras.
Vagaria pela noite para sonhar. "Faria estágio no circo da cidade."
"Tomaria banho de espuma no chafariz da praça." "Aprenderia a
voar demoradamente". Entre essas e outras, Glória também gostaria de mais
tempo para "ler e aproveitar a poesia, seja em português ou
espanhol."[9]
Este
pequeno ensaio biográfico, por ora, se fez com llama, caleidoscópio, galo,
concha, sapatos, cigarra e formiga, formigarra e cigamiga, e lua. Se eu tivesse
mais tempo? Conversaria com todos os seus personagens, pediria que Glória me
ensinasse quéchua (também sou amante das línguas), estudaria o maradigma e
reescreveria este texto quantas vezes fosse necessário, de modo a contribuir
para deixar a lâmpada da lua sobre esta trajetória sempre acesa.
Esta é Denise Mazocco, idealizadora do excelente blog Prosa Domingueira: https://prosadomingueira.wordpress.com/
Há mais Denise em Literistórias, afinal ela é autora da 1a resenha de Menina com brinco de folha. Procure aqui!
[1] KIRINUS, G. O sapato falador. São Paulo:
Cortez, 2008.
[2] KIRINUS, G. Formigarra Cigamiga. Curitiba:
Editora Braga, 1993.
[3] KIRINUS, G. Te conto que me contaram = Te
cuento que me contaron. São Paulo: Cortez, 2004.
[4] KIRINUS, G. Se tivesse
tempo = Si tuviera tiempo. São Paulo: Larousse do Brasil, 2010.
[5] KIRINUS, G. Te conto que me contaram = Te
cuento que me contaron. São Paulo: Cortez, 2004.
[6] KIRINUS, G. Lâmpada de lua = Lámpara de
luna. São Paulo: Larousse, 2011.
[7] KIRINUS, G. Formigarra Cigamiga. Curitiba:
Editora Braga, 1993.
[8] KIRINUS, G. Lâmpada de lua = Lámpara de
luna. São Paulo: Larousse, 2011.
[9] KIRINUS, G. Se tivesse tempo = Si tuviera
tiempo. São Paulo: Larousse do Brasil, 2010.
Denise, que gostosura ler teu ensaio "poetográfico" da Gloria. Me pareceu ver, através de tuas palavras, os momentos em que ela fala e retira da bolsa os objetos ao fazer sua apresentação naquela aula que conseguiste assistir. Amiga de muitos anos, recentemente me considero uma das "lavrapalavreiras" como são denominadas pela poeta, carinhosamente, as mulheres que fazem suas oficinas. Existem também muitos lavrapalavreiros que movimentam a trajetória. Entre eles e elas já despontaram novos escritores, e assim se expandem, imensamente, as trilhas incontáveis de Gloria - aquela que mobiliza uniões, conexões, ao desafiar o encontro não usual entre palavras. Captaste, maravilhosamente, o peculiar estilo de vitalidade poética. Parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigada, Corina! Viva a literatura e os encontros que ela nos permite!
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