sábado, 15 de agosto de 2015

Leitura inacabada - crônica e palpite

Um dia, eu vou escrever uns Cadernos, com resenhas de leituras incompletas. Como assim? Vou reunir as coisas que penso enquanto leio, movida pelo toque na página e pela repetição de uma frase que me seduz, quando o que falta é ainda enorme e mistério. Vou escrever de olho no que já li, esquecida do que falta. De frente para o abismo.
Um treino: Joanot Martorell tem me levado na conversa, a mim e ao Vargas Llosa, com as aventuras de Tirant (Tirant lo Blanc). Fui aos banquetes, enxuguei o sangue das lutas que salpicou meu pijama e fiquei inebriada com a beleza de Carmesina. Estava ela de luto, protegida por cortinas, entregue à sua intimidade, tanta que tinha a blusa aberta...  Tirant é tomado. Descontrola-se, normal nele...  Um exagerado do século XV! Não ignora que é uma senhora de alta linhagem – Princesa de Constantinopla!, acima dele... Quando pensa em homenageá-la com um presente, o que escolhe?
O QUE ESCOLHE?
O QUÊ?...

UM LIVRO! Pronto! Fisgada... eu! Joanot Martorell, eu e o Vargas Llosa, na sua conversa...


Nenhum comentário:

Postar um comentário